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terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Verão? Cuidados Redobrados com os Olhos

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Nos períodos chuvosos do verão os olhos sofrem mais. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, o calor facilita a proliferação de bactérias e os ambientes fechados durante as chuvas criam condições favoráveis para a disseminação de vírus. Resultado: além da conjuntivite bacteriana mais comum no verão, o mês de janeiro concentra consultas por conjuntivite viral decorrente do maior volume de chuvas.

O médico explica que a doença é uma inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a parte interna da pálpebra e a esclera, parte branca do olho. Em geral, os sintomas são olhos vermelhos, irritação coceira, pálpebras inchadas e aversão à luz. A diferença é que na viral o lacrimejamento é intenso e na bacteriana surge uma secreção amarelada que chega a colar as pálpebras.

"Um erro comum por quem sente algum desconforto nos olhos é lavar com soro fisiológico ou água boricada", afirma. Isso porque, o soro fisiológico não contém conservante e pode contaminar a córnea. Já o ácido bórico pode irritar ainda mais a conjuntiva.

Para aliviar os sintomas iniciais da conjuntivite viral ele diz que podem ser usadas compressas geladas de gaze embebida em água filtrada. Compressas quentes acalmam a conjuntivite bacteriana. Embora não seja uma doença grave, a recomendação é sempre consultar um oftalmologista.

"Usar colírio por conta própria pode mascarar outras doenças com sintomas semelhantes como a uveíte", ressalta.

Como Prevenir

Queiroz Neto afirma que as mãos representam o principal veículo de transmissão da conjuntivite. Isso porque a pessoa contaminada acaba levando a mão aos olhos para depois tocar no teclado do computador, no telefone, na maçaneta ou no corrimão da escada e transmitir a doença.

As principais recomendações para evitar o contágio são: lavar as mãos com frequência; evitar tocar ou coçar os olhos e não compartilhar toalhas, fronhas, equipamentos, maquiagem e colírio.

O oftalmologista destaca que nesta época do ano os olhos também podem sofrer alterações relacionadas às doenças decorrentes de enchentes: leptospirose, hepatite A e dengue.

Agravantes

A leptospirose, explica, é a contaminação por uma bactéria que penetra na pele, mesmo que não haja ferimento. O contágio geralmente acontece pelo contato dos pés com água contaminada por urina de ratos ou cães.

Os sintomas são febre alta, dor de cabeça, náusea e diarréia. Os olhos revelam a gravidade da contaminação. Se ficarem amarelados indicam necessidade de internação imediata. Para evitar o contágio, a dica do médico é usar botas ou galochas quando houver necessidade de contato com a água da chuva.

Queiroz Neto afirma que quem contrai hepatite A pode ter neurite óptica. A doença é uma inflamação do nervo óptico que pode causar perda parcial ou total da visão.

Os sintomas são alteração na visão de cores, queda da acuidade visual e dor nos olhos. O médico diz que a maioria das pessoas recupera gradativamente a visão, ficando como sequela a perda da visão de contraste.

Fique bem atentos depois dessa dica e tenham bastante cuidado em galera? Até mais, beijos! Partilhar

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